sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O fim da nossa história



Querido L.
Essa já é a terceira vez que inicio esta carta, mas ainda não sei como começar. Eu queria fazer jus ao passado, não fantasiá-lo e nem lhe tirar o mérito, apenas vê-lo como realmente era; com isso, me refiro a ti, meu passado.
Você foi o primeiro e, até agora, o único que verdadeiramente amei. Um amor tão grande, tão sincero, que jurava que seria eterno, todavia não foi. E fico contente por isso.
No entanto, eu te devo muito, senão tudo o que sou hoje. Através da dor eu me acheguei a escrita, percebi os meus defeitos e resolvi combatê-los. Peço-te mil desculpas por todas as vezes em que te xinguei... bem, talvez você tenha merecido.
Há  ou melhor, havia — apenas uma coisa que não entendia de modo algum: o fato de que você tenha superado algo que demorei anos para conseguir.  Tirava-me o sono saber que não foi amor, ao menos de ambos os lados. Acredito nisso, porém nunca aceitei.
Assim se iniciou minha jornada sem rumo e sem sentido. Eu procurava nos outros algo que pudesse me lembrar a ti, sejam os cabelos dourados ou o feitio metido. Esse ano, até encontrei alguém com as duas exigências, foi então que percebi que nunca poderia amá-lo porque, por mais que odeie admitir, você me marcou, foi único; estes sentimentos foram especiais ao ponto de ter a certeza de que nunca encontrarei outros idênticos.
Porém, nunca aceitei ter te perdido. Esse foi o propósito oculto dessa minha busca desenfreada: quis provar que era boa o bastante. Quis mostrar que sou especial. Agora eu finalmente sei.
Quando te vi dentro daquele carro, dirigindo-me um olhar curioso, observando-me com tanto afinco, pude fechar a ferida há tanto esquecida.  Percebi que fui tão importante quanto deveria ser, embora o seu orgulho não tenha permitido admitir isso. E eu me sinto muito grata por toda a história que vivemos, ela teve o melhor final possível porque me deu a chance de tentar novamente. Dessa vez para acertar.


Escrito por: Samyle S.
Retirado do blog: Florescer e Palavrear


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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Temporário, graças a Deus.

   Eu sou temporária. Você também, acredite. Neste planeta, no Universo, na minha vida: somos todos transitivos. Pra onde vamos é subjetivo. Vai depender da sua crença, se a pergunta for filosófica. E só depende de você, se  for mais simples a sua questão. O que importa é que nada, meu amigo, dura para sempre.
    Nem o amor? Não, nem o amor. Para este existem dois caminhos: aquele que leva a outros rumos, outras decisões, outros amores. E aquele que dá em uma rua sem saída, que perto do fim se renova, metamorfo amor curioso.
    Relacionamentos, tampouco são estáticos. Incluindo os familiares. Você, ao sair de casa, experimenta uma nova relação com seus pais. Mais madura, mais saudosa e, por assim dizer, mais saudável. Deixa de ser autoritário para tornar-se mais equivalente, proporcional.
    Suas amizades não serão sempre as mesmas. Novos companheiros virão, velhas companhias poderão se perder pelo caminho. E aqueles que ficarem, nem mesmo estes serão os mesmos. Te darão o prazer de conhecer as diversas formas de uma amizade autêntica, que evolui com o cambiar dos calendários e nem assim te deixa na mão.
    Tampouco você se reconhecerá. Se tiver olhar crítico, será capaz de acompanhar sua mutação. E você mudará milhares de vezes, em cada poucos milímetros. Seus temores, suas preferências, suas decisões, afinidades, sua aparência - transitórios, transitivos. O mundo a sua volta mudará sem perguntar a sua opinião.
    Portanto, prepare-se para tudo aquilo que você desconhece ser. Estará, assim, saudando sua própria sorte. Então, tome por teu este pequeno conselho. Cumprimente as várias possibilidades. Corteje as oportunidades. Peça um drink para o seu destino. E brindemos, juntos, o provisório!


Retirado do blog: A tal da Vivian!
Escrito por: Vivian Loreti



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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Cheiro de Dezembro


Vez ou outra, enquanto caminho pela rua ou leio alguma coisa no sofá, percebo de leve o cheiro de dezembro, que toca a brisa e acaricia meu rosto.
Inebriante.
Cheiro com gosto de sorriso, é alegre...
Não conheço melhor definição.
Ele penetra na alma aguçando lembranças...
Mistura de vento morno, pedra molhada e grama fresca... Com aquele toque de não sei o quê!
Cheiro de nostalgia... Fim de ano, recuperação, despedida...
De presente, família reunida, pisca-pisca...
Cambalhota no colchão e casa da vovó.
Vem até com música, pianos e violinos...
Liberdade!
Todos os meses têm seu próprio cheiro, mas o de dezembro é especial...
Ele tem personalidade forte, nenhum dos outros sobressai tanto quanto ele, de tão metido, o cheiro de dezembro até aparece por um segundo, durante os outros meses... Vem enfeitado com fitas vermelhas, de mansinho... Sapateando ao som de alguma canção.
Porém, o que ele quer na verdade, é nos lembrar da saudade que os outros tantos meses deixarão.



Retirado do blog: A cartola
Escrito por: Thainá Rosa

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Eu não sei amar, mas eu te amo..

Eu queria te falar das borboletas no estômago. Sabe, aquelas que todo mundo diz que aparecem no nosso corpo quando a gente tá naquele estado de paixão? Aparecem mesmo. Mas as minhas são bem mais rebeldes do que dizem por aí: elas andam dando mortais aqui dentro, me fazendo dar pulos de susto. Pulos, aliás, é o que mais meu coração anda dando cada vez que você passa por mim. E aí eu percebo que o que mais temia já aconteceu.
O problema é que eu não sei amar. É bom dizer isso logo de cara. Eu precisava que você explicasse isso para o meu corpo. Eu-não-sei-amar. É verdade, eu juro. Eu confundo tudo, eu cobro demais, eu me cobro demais, eu tenho medo e aí eu fujo. Eu fujo, porque eu não sei amar. E quem é que sabe amar por aí? Quem é que sabe até aonde pode ir, até aonde deve, ou o tal do jeito certo de amar outra pessoa? Como é que faz para aprender a parte teórica de amar? Tem aula?
Eu não queria amar. Mas eu queria te falar das minhas mãos suadas, das minhas pernas bambas e do meu coração disparado. Eu queria te falar do nervoso que eu sinto quando você manda uma mensagem e me faz sentir como se eu fosse a única mulher no mundo. Eu queria te falar sobre as coisas que eu li só para te impressionar. E até sobre todos os filmes que eu assisti (e não suportei!) só para ter assunto com você.
Sem saber amar tudo fica bem mais difícil. Mas eu ainda queria te falar que olhei se nossos signos combinavam (e eu nem acredito em horóscopo). Eu queria te falar sobre como eu arrumei a bagunça da minha vida e tirei a poeira debaixo do tapete (ainda que isso seja exagero). Eu queria te falar que seu número é o primeiro da minha agenda, que meu celular só tem mensagem sua e eu que eu salvei uma foto do seu sorriso (só para não esquecer).
Eu queria te falar do meu olhar bobo quando você me mostra que você não tem nada de especial, mas ainda assim consegue ser o único a cativar toda a minha atenção (e o meu coração). E eu queria te falar de como eu já estou planejando te ligar no dia 31. E que, faltando segundos para a virada do ano, eu queria te falar sobre aquilo que já me conformei: eu não sei amar, mas eu te amo.
Retirado do blog: Depois dos Quinze!


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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Ao seu ver

Para você, sou como colcha de retalhos: uma unidade feita de heterogêneos, costurada pela linha invisível dos afetos. Um som. Um gosto. Um cheiro. Um corpo que te cobre e proteje dos monstros na hora de dormir.

  Ando com pisadas fortes no quarto, para que sintas que também sou força. Tomo-te nos meus braços e te rodopio, porque também sou movimento e leveza. Eu canto baixinho sua canção de ninar favorita, mas quebro vidraças em agudos quando derrubas qualquer coisa ao chão. N’alguns dias sou aquele cheiro de bolo de fubá em tardes quentes. Noutros, sou aquele perfume forte de sair à noite(aquele que te faz espirrar). Sou chacoalhar de pandeiro quando volto do samba. E pés dançantes de ansiedade ao te esperar.O braço que te apresenta o mundo. A voz que te narra as delicadezas da vista. Sou aquele chá amargo para resfriados e aquele suco de acerola que só eu sei fazer.

  Sou tudo isso, mas ainda te sinto bem maior quando teu corpo todo sorri e me ensinas o quanto são indecentes os pássaros cantando na hora que a gente quer conversar.
  Menina, com que ouvidos me ouvirás quando crescer? Com que dedos e abraços tu me reconhecerás? De quantas formas podes me perceber, se teus olhinhos miúdos nasceram já tão cansados de me enxergar?




Créditos: Thainá Rosa  / A cartola! 


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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Boa noite..



Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer ?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver ...
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber ...
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você?

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