domingo, 10 de março de 2013

Você acredita em si mesmo?


É esse o ponto que muitos chamam de segredo, mas que eu particularmente nomeio princípio: confiança. Sabe o que todas aquelas garotas que você acha lindas e populares tem em comum? Isso mesmo: confiança. Elas acreditam em si mesmas; acreditam no próprio charme, na própria beleza. E esse 'segredo' é muito mais importante que encontrar a melhor máscara para cílios, a melhor base, o melhor gloss, o melhor isso ou o melhor aquilo. Isso é sobre fazer de você o melhor, do jeito que você é, com exatamente o que você tem.
Esqueça os outros. Foque em você, foque em seu estilo. Você adora batom vermelho? Então use e abuse! Mas acredite que você fica linda com ele, porque então você ficará. Isso não é fazer com que os outros acreditem em algo que você quer. Não, definitivamente não. Isso é sobre você acreditar. Sobre você olhar para o espelho e pensar: caramba, que garota linda! Ou então: meu Deus, essa garota vai arrasar na balada! 
Eu sei, eu sei. Parece mais fácil falar que fazer, não é? Mas só parece. É simples. Siga seu estilo, sua personalidade; use o que você gosta, esqueça a moda, esqueça as top models, esqueça o que as pessoas impõem como correto, como bonito. Concentre-se em você. No que você gosta, no que você quer, no que faz você se sentir bem. E não tenha tanto medo! As pessoas andam com medo de viver, com medo de aparecer, pelo amor de Deus! Se jogue. A vida é muito curta para se desperdiçar decidindo usar ou não tênis de salto. 
Sinta-se bem consigo mesma e quando você olhar no espelho pela manhã, apenas por alguns segundos mentalize: essa garota é linda e essa garota merece ser feliz. 

Porque a confiança é o que faz de uma garota a mais bonita.

Texto escrito por: Mayara Celeghini

Retirado do blog: Delírios de MakeUp


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Da relação direta entre ter de limpar seu banheiro você mesmo e poder abrir sem medo um Mac Book no ônibus

UPDATE: Muita gente tem lido este post como uma idealização da Holanda como um lugar paradisíaco. Nada mais longe da verdade. A Holanda não é nenhum paraíso e tem diversos problemas, muitos dos quais eu sinto na pele diariamente. O que pretendo fazer aqui é dizer duas coisas: a origem da violência no Brasil é a desigualdade social e 2, apesar da violência que gera, muita gente gosta dessa desigualdade e fica infeliz quando ela diminui, porque dela se beneficia e não enxerga a ligação desigualdade-violência. Por fim: esse post não é sobre a Holanda. A Holanda estar aqui é casual. Esse post é sobre o Brasil, minha pátria mãe.
A sociedade holandesa tem dois pilares muito claros: liberdade de expressão e igualdade. Claro, quando a teoria entra em prática, vários problemas acontecem, e há censura, e há desigualdade, em alguma medida, mas esses ideais servem como norte na bússola social holandesa.
Um porteiro aqui na Holanda não se acha inferior a um gerente. Um instalador de cortinas tem tanto valor quanto um professor doutor. Todos trabalham, levam suas vidas, e uma profissão é tão digna quanto outra. Fora do expediente, nada impede de sentarem-se todos no mesmo bar e tomarem suas Heinekens juntos. Ninguém olha pra baixo e ninguém olha por cima. A profissão não define o valor da pessoa – trabalho honesto e duro é trabalho honesto e duro, seja cavando fossas na rua, seja digitando numa planilha em um escritório com ar condicionado. Um precisa do outro e todos dependem de todos. Claro que profissões mais especializadas pagam mais. A questão não é essa. A questão é “você ganhar mais porque tem uma profissão especializada não te torna melhor que ninguém”.
Profissões especializadas pagam mais, mas não muito mais. Igualdade social significa menor distância social: todos se encontram no meio. Não há muito baixo, mas também não há muito alto. Um lixeiro não ganha muito menos do que um analista de sistemas. O salário mínimo é de 1300 euros/mês. Um bom salário de profissão especializada, é uns 3500, 4000 euros/mês. E ganhar mais do que alguém não torna o alguém teu subalterno: o porteiro não toma ordens de você só porque você é gerente de RH. Aliás, ordens são muito mal vistas. Chegar dando ordens abreviará seu comando. Todos ali estão em um time, do qual você faz parte tanto quanto os outros (mesmo que seu trabalho dentro do time seja de tomar decisões).
Esses conceitos são basicamente inversos aos conceitos da sociedade brasileira, fundada na profunda desigualdade. Entre brasileiros que aqui vêm para trabalhar e morar é comum – há exceções -  estranharem serem olhados no nível dos olhos por todos – chefe não te olha de cima, o garçom não te olha de baixo. Quando dão ordens ou ignoram socialmente quem tem profissão menos especializadas do que a sua, ficam confusos ao encontrar de volta hostilidade em vez de subserviência. Ficam ainda mais confusos quando o chefe não dá ordens – o que fazer, agora?
Os salários pagos para profissão especializada no Brasil conseguem tranquilamente contratar ao menos uma faxineira diarista, quando não uma empregada full time. Os salários pagos à mesma profissão aqui não são suficientes pra esse luxo, e é preciso limpar o banheiro sem ajuda – e mesmo que pague (bem mais do que pagaria no Brasil a) um ajudante, ele não ficará o dia todo a te seguir limpando cada poerinha sua, servindo cafézinho. Eles vêm, dão uma ajeitada e vão-se a cuidar de suas vidas fora do trabalho, tanto quanto você. De repente, a ficha do que realmente significa igualdade cai: todos se encontram no meio, e pra quem estava no Brasil na parte de cima, encontrar-se no meio quer dizer descer de um pedestal que julgavam direito inquestionável (seja porque “estudaram mais” ou “meu pai trabalhou duro e saiu do nada” ou qualquer outra justificativa pra desigualdade).
Porém, a igualdade social holandesa tem um outro efeito que é muito atraente pra quem vem da sociedade profundamente desigual do Brasil: a relativa segurança. É inquestionável que a sociedade holandesa é menos violenta do que a brasileira. Claro que aqui há violência – pessoas são assassinadas, há roubos. Estou fazendo uma comparação, e menos violenta não quer dizer “não violenta”.
O curioso é que aqueles brasileiros que queixam-se amargamente de limpar o próprio banheiro, elogiam incansavelmente a possibilidade de andar à noite sem medo pelas ruas, sem enxergar a relação entre as duas coisas. Violência social não é fruto de pobreza. Violência social é fruto de desigualdade social. A sociedade holandesa é relativamente pacífica não porque é rica, não porque é “primeiro mundo”, não porque os holandeses tenham alguma superioridade moral, cultural ou genética sobre os brasileiros, mas porque a sociedade deles tem pouca desigualdade. Há uma relação direta entre a classe média holandesa limpar seu próprio banheiro e poder abrir um Mac Book de 1400 euros no ônibus sem medo.
Eu, pessoalmente, acho excelente os dois efeitos. Primeiro porque acredito firmemente que a profissão de alguém não têm qualquer relação com o valor pessoal. O fato de ter “estudado mais”, ter doutorado, ou gerenciar uma equipe não te torna pessoalmente melhor que ninguém, sinto muito. Não enxergo a superioridade moral de um trabalho honesto sobre outro, não importa qual seja. Por trabalho honesto não quero dizer “dentro da lei” -  não considero honesto matar, roubar, espalhar veneno, explorar ingenuidade alheia, espalhar ódio e mentira, não me importa se seja legalizado ou não. O quanto você estudou pode te dar direito a um salário maior – mas não te torna superior a quem não tenha estudado (por opção, ou por falta dela). Quem seu pai é ou foi não quer dizer nada sobre quem você é. E nada, meu amigo, nada te dá o direito de ser cuzão. Um doutor que é arrogante e desonesto tem menos valor do que qualquer garçom que trata direito as pessoas e não trapaceia ninguém. Profissão não tem relação com valor pessoal.
Não gosto mais do que qualquer um de limpar banheiro. Ninguém gosta – nem as faxineiras no Brasil, obviamente. Também não gosto de ir ao médico fazer exames. Mas é parte da vida, e um preço que pago pela saúde. Limpar o banheiro é um preço a pagar pela saúde social. E um preço que acho bastante barato, na verdade.
PS. Ultimamente vem surgindo na sociedade holandesa um certo tipo particular de desigualdade, e esse crescimento de desigualdade tem sido acompanhado, previsivelmente, de um aumento respectivo e equivalente de violência social. A questão dos imigrantes islâmicos e seus descendentes é complexa, e ainda estou estudando sobre o assunto.
Texto escrito por: Daniel Duclos
Retirado do blog: DaniDuc

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O fim da nossa história



Querido L.
Essa já é a terceira vez que inicio esta carta, mas ainda não sei como começar. Eu queria fazer jus ao passado, não fantasiá-lo e nem lhe tirar o mérito, apenas vê-lo como realmente era; com isso, me refiro a ti, meu passado.
Você foi o primeiro e, até agora, o único que verdadeiramente amei. Um amor tão grande, tão sincero, que jurava que seria eterno, todavia não foi. E fico contente por isso.
No entanto, eu te devo muito, senão tudo o que sou hoje. Através da dor eu me acheguei a escrita, percebi os meus defeitos e resolvi combatê-los. Peço-te mil desculpas por todas as vezes em que te xinguei... bem, talvez você tenha merecido.
Há  ou melhor, havia — apenas uma coisa que não entendia de modo algum: o fato de que você tenha superado algo que demorei anos para conseguir.  Tirava-me o sono saber que não foi amor, ao menos de ambos os lados. Acredito nisso, porém nunca aceitei.
Assim se iniciou minha jornada sem rumo e sem sentido. Eu procurava nos outros algo que pudesse me lembrar a ti, sejam os cabelos dourados ou o feitio metido. Esse ano, até encontrei alguém com as duas exigências, foi então que percebi que nunca poderia amá-lo porque, por mais que odeie admitir, você me marcou, foi único; estes sentimentos foram especiais ao ponto de ter a certeza de que nunca encontrarei outros idênticos.
Porém, nunca aceitei ter te perdido. Esse foi o propósito oculto dessa minha busca desenfreada: quis provar que era boa o bastante. Quis mostrar que sou especial. Agora eu finalmente sei.
Quando te vi dentro daquele carro, dirigindo-me um olhar curioso, observando-me com tanto afinco, pude fechar a ferida há tanto esquecida.  Percebi que fui tão importante quanto deveria ser, embora o seu orgulho não tenha permitido admitir isso. E eu me sinto muito grata por toda a história que vivemos, ela teve o melhor final possível porque me deu a chance de tentar novamente. Dessa vez para acertar.


Escrito por: Samyle S.
Retirado do blog: Florescer e Palavrear


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